A M. tinha 48 anos. Era "família emprestada" e sempre me habituei a ela nas festas familiares. De sorriso fácil, de uma simpatia muito dócil e meiga. Amava a filha, o orgulho que tinha quando falava dela era gigante. Amava o marido, que o encontrou por acaso, já fez 25 anos, quando ele andava na tropa e nunca mais se largaram. A M. era das melhores pessoas que conheci na vida e a sua paixão pelos animais era um exemplo para mim.
A M. descobriu que tinha cancro no ano passado. Junho 2018. Fez quimioterapia, caiu-lhe o cabelo e passou todo o processo já (infelizmente) tão conhecido nos dias de hoje, foi operada em Setembro e tudo corria dentro do esperado. Voltou a crescer o cabelo, voltou a ter tanta esperança que tinha vencido que a vida era agora um privilégio.
Até Abril deste ano. Em que as metásteses foram o xeque-mate do cabrão do cancro.
A M. morreu no sábado. Puta que te pariu, ó maldita doença.
Devido ao horário escolar, o meu filho vem de autocarro para a escola 3 vezes/semana. Só tem aulas de tarde nesses dias. Na semana passada comprei-lhe os bilhetes para 10 viagens (fica mais barato do que comprar unitário) e a minha Mãe veio com ele, para que se habituasse à viagem de autocarro, à caminhada até à escola, enfim. Avó/Mãe galinha em ação.
Hoje foi a 1ª viagem dele sozinho. Ontem disse-me "mãe, não te preocupes, eu sei ir sozinho", enquanto preparava a mochila. Repeti os conselhos que lhe dei uns dias antes, de não falar com estranhos, de não parar em lado nenhum a conversar com estranhos, que se alguém lhe dissesse que o levava até à escola para não ligar e seguisse caminho, e que se precisasse de ajuda que me ligasse ou fosse ter com algum adulto. Sim, essa treta que também ouvi da minha mãe e que nunca é demais. Hoje eu estava aqui com os nervos lol e pedi-lhe que ele me desse um toque quando chegasse à escola. E assim fez. E correu tudo bem.
O meu menino é um mocinho com 12 anos, está mais alto do que eu, já calça o 42 (oi?), mas será sempre o meu menino. O meu bebé de 2540g e 46cm. E quando ele me disser "Mãe, vou morar sozinho ou com X", acho que me vai dar um ataque de choro. Sim, os filhos ganham asas, mas custa vê-los crescer tão depressa.
Ora portanto, desde o início do ano que o Sistema Nacional de Saúde deve andar a dizer "mas esta gaja não tem mais nada que fazer, do que andar nos hospitais?!" Pois.
Este fim de semana voltei a ter uma infeção urinária. A última tinha sido em julho, tomei a amoxicilina. Desta vez, foi igual à de janeiro. Igualzinha. Aproveitei que tenho um hospital próximo que tem aquelas consultas abertas até às 24h e lá fui eu, no sábado, com as queixas do costume e o xixi já com sangue vivo. Esperei uns looooongos 20 minutos (quem sabe o que é uma infeção urinária sabe que 1 minuto é como se fosse 1 hora e só nos apetece ver uma sanita à frente). Tive de explicar ao médico que ando a ser acompanhada em Medicina Interna por Hipocalemia (com causa desconhecida), já que os medicamentos para o trato urinário pode interferir com o potássio e a última coisa que quero é vê-lo a descer. Ando a esforçar-me tanto para o manter acima do mínimo (estava a 3.7 no dia 13/09/2019 - rejubilemos ), que o médico que me atendeu às 22.30h foi exemplar comigo e fui maravilhosamente bem atendida.
Antibiótico nitrofurantoina (Furadantina), 12/12horas, durante 7 dias. Buscopan para o alívio das dores. E a saga continua...
Quase a entrar oficialmente na estação do ano que nem é carne nem é peixe, o tempo lá fora vestiu-se a rigor para a ocasião. Fuck. Isto agora é um saltinho até ao natal.
Sim, isso mesmo . Tenho por hábito ir ver ao GIAEonline a ementa da cantina da escola onde o meu filho almoça e confesso que tiro belas ideias para os jantares dos dias seguintes. Já me aconteceu não ter nada programado e ter dito para mim mesma "logo o jantar vai ser chocapic (nem sopa tenho feita) e kérolásaber #umdianãosãodias" e eis que na lista da escola me aparece uma catrefada de boas opções. Sou uma copiona das ementas.
Este ano escolar chegamos a casa sempre depois das 18.30h. Ora, eu, estou mal habituada porque o meu horário de sair do trabalho é às 17h e por norma chegava a casa sempre 1hora mais cedo do que agora. Desta feita, tenho mesmo de me aplicar e fazer uma lista dos jantares para a semana toda. Assim escuso de andar a moer com o que vou fazer quando chegar a casa.
E vocês, têm já por hábito ter os jantares semanais programados? Funciona bem?
Se existem pessoas tóxicas? Sim. Toda a gente concorda. Quando lidas diariamente com uma pessoa assim, a título profissional, a vida profissinal começa a ser (ainda) mais difícil de lidar. Embora não tenho que lhe dar satisfações do meu trabalho diretamente, o facto é que sendo de departamentos inter-comuns, há assuntos que se cruzam e há pareceres que tem de passar por ambos. O importante é haver respeito, seriedade, ..., e a coisa leva-se a bom porto.
Hoje é um dia bom. Porquê? Porque essa pessoa tirou uns dias de "férias". E respira-se outro ar. Em todo o lado. Ninguém diz nada, mas todos achamos o mesmo. E os sorrisos nas caras das pessoas, a leveza das conversas, a tranquilidade com que se responde a problemas, é tão, mas tão diferente, dos restantes dias.
Fogo, como é possível que ainda há meia dúzia de anos andei choramingas porque o meu filho ia entrar na escola primária e hoje já se apresentou na escola para o 7º ano...
7º ano... 12 anos de gente...!
Dos livros escolares gratuitos apenas lhe calhou 2 reutilizados. Já recebemos os livros novos em Agosto, já folheámos alguns para matar a curiosidade da matéria que aí vem. Vai correr bem.