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As minhas neuras!

...neuras, desabafos, coisas sem nenhum interesse, palavras soltas, cenas assim. Estranhas. Ou não.

As minhas neuras!

...neuras, desabafos, coisas sem nenhum interesse, palavras soltas, cenas assim. Estranhas. Ou não.

30.04.20

Querido diário ♥

30 de abril.

Último dia do meu mês. Já fiz 40 anos há 25 dias. Parece que foi ontem. Por falar no passado, ontem eliminei várias pessoas do meu facebook. Não estavam lá a fazer nada. Algumas desconfio que só me enviaram o pedido de amizade para saber da minha vida. Se bem que posto lá pouca coisa. Já fui mais aberta. lol Penso que são minhas fãs. Outras passavam por mim na rua e nem boa tarde. Mal educadas! Algumas a vida encarregou-se de as afastar de mim. Por vários motivos. E ainda outras, que não foram eliminadas, dei-lhes mais uma oportunidade. Mas estive vai-não vai para eliminar mais umas pessoas que decidiram que não precisam mais de mim. Aquelas pessoas que tens fotografias, não de há muitos anos, felizes, mas que de repente deixaram de me contactar. E eu, contactei? Também não. Porque fui vendo que não me encaixavam na rotina delas. Recuei. Talvez esteja a ser tonta por mantê-las. Afinal, que oportunidades mais serão precisas para que haja qualquer contacto? Quando até tinham o meu contacto na porta do frigorífico dos pais, em caso de sos com os filhos. Sim, estou moída. Magoada. Ontem foi um recordar de coisas que me fez suspirar de saudade. Bom. Adiante. Vou ver se me apetece mantê-las. É provável que se as eliminar nem deem por isso. Tenho de lidar com isso. Lamento. É a vida. Se calhar é melhor eliminar mesmo. E seguir em frente. Ontem fui também ao Pingo Doce e não sei se foi do tempo húmido a máscara incomodou-me bastante. Além do embaciar dos óculos, a respiração era estranha. Mas pronto. Lá consegui comprar as coisas que precisava para 15 dias e os frescos. 

No próximo sábado termina o Estado de Emergência decretado pelo Presidente da República/Governo. 2ª-feira reabrem serviços específicos. A vida terá de se adaptar e teremos de conviver com o vírus. Aprender a viver com ele.

Raios. Que 2020 pesado! 

29.04.20

Querido diário ♥

Dia 29 de abril.

Caramba, já estamos há tanto tempo nesta Pandemia que parece que já passou 1 ano. Já estamos quase em Maio. Hoje acordei chateada com o mundo. Coisas de mulheres. Hormonas e tal. Sei lá. Ou foi da carga emocional de reuniões complicadas aqui no trabalho. Só sei que a dor de cabeça está instalada. Admiro-me com a quantidade de trabalhos que a professora de Ciências manda fazer à turma do meu filho. Anteontem ajudei-o com um trabalho de Expressões plásticas (relevo de materiais) e adorei. Dizem que pintar é terapeutico. Tenho saudades de tocar piano. A música sempre fez parte da minha vida. Cantar ao piano também. Sim, é isso. Quando receber o reembolso do IRS vou comprar uma prenda a mim mesma: um teclado. O meu velhinho avariou há imensos meses e fui adiando a compra. Vai ser desta. Os 40 anos vão ficar na memória. Um dos meus "doentes" de Covid recuperou. Já teve o seu negativo e já regressou a casa. Estava confinado a um quarto em casa de amigos, para proteger os pais. A sério. É melhor do que o Euromilhões. Ainda tenho máscaras cirurgicas em casa, que comprei no início do mês. Só uso nas compras e quando vou meter gasóleo, porque não saio de casa para mais nada, a não ser para trabalhar (venho no meu carro, como sempre fiz). 

Hoje está vento. Chuva e vento. Preciso comprar uma espreguiçadeira para quando vier o sol. 

27.04.20

Encomendas online - DPD

Sou muito cliente das compras online, há vários anos. 

Hoje tenho a 1ª reclamação a fazer por atraso na entrega da encomenda: DPD. 

Encomendei umas coisas na Decathlon. Paguei 86€. Era para ser entregue dia 22. Até hoje, nada. O mal é que no tracking agora nem aparece a encomenda. Mau maria. 

Eu sei que deve haver muito que fazer, mas não se justifica o silêncio deles aos 2 e-mails que já lhes enviei.

Caraças. Se tivesse escolhido a entrega via CTT é que era fina. 

27.04.20

Unhas e cabelo - a saga!

A saga continua. Para uma pessoa que anda a trabalhar normalmente, é essencial manter a boa aparência, se gostar de se arranjar. Sempre pintei as unhas com gelinho, sempre pintei o cabelo na minha P, e a minha sorte foi ter feito o alisamento no dia de Carnaval... 

Ontem pintei novamente as unhas em casa. Depois de 2 looooooooongas horas, lá secaram totalmente. Isto para mim é um teste à minha já pouca paciência, que não sou moça de grandes esperas. Mas pronto. Pintei uma camada e fui para o jardim. Voltei a pintar e voltei a ir para o jardim. Fui colocar o top coat e lá me sentei novamente na cadeira do jardim. Com mil cuidados para não tocar em nada e deitar tudo a perder... Claro que não ficam tão perfeitinhas como quando pinto na estética, mas já lhe ando a apanhar mais o jeito e até estão bem bonitas. Tenho unhas já sem a camada de gel, tenho outras que começam a esgaçar, tal a fragilidade. Já sei que me basta logo esfregar um tacho que começam a lascar nas pontas e isso irrita-me. Na semana passada, tinha pintado no domingo e na 4ª-feira tirei tudo. Dicas, há? 

Quanto ao cabelo, pintei-o em casa no dia 6. Castanho chocolate, Olia. Gostei muito do resultado. A repetir! 

 

24.04.20

.... hmpf.....

Quando a Covid-19 chegar perto dos que andam a assobiar para o lado e a desrespeitar as medidas preventivas, pode ser que mudem de atitude e não seja preciso andar a proibir saídas ou ajuntamentos. 

Tenho duas pessoas próximas infetadas com covid. Não têm ligação uma com a outra. Em ambas, nada de grave felizmente, mas implica sempre o medo do que vem aí.

Às que andam a criticar o governo porque acabou de proibir saídas do concelho como fez na Páscoa:  Ide morar para os EUA. Lá sim, podeis ser estúpidos e seguir o exemplo do vosso Trump. 

Quando é que a frase "fiquem em casa" é realmente entendida? Hã? Alguém me sabe explicar? 

Amanhã venho trabalhar. Vimos todos. Porque é preciso. Porque os stocks estão sempre em baixo. Porque o que se produz sai no mesmo dia. Porque sim, porque devemos isso aos clientes. Porque no meio desta merda toda, há gente que sai de casa todos os dias para trabalhar. Mesmo com medo e receios, e cheia de vontade de mandar fod€r quem reclama que o bolo que meteu no forno se queimou porque estava a apanhar sol na varanda. 

Preciso de férias. Ai quando isto acalmar. Quem vai ficar de quarentena voluntária num spa sou eu! 

23.04.20

As medidas para a praia 2020

Não, não vou falar das medidas corporais.

Portugal tem, dizem, 943km de mar. Mar, praias, aglomeração de pessoas. Gente nas esplanadas, gente só a passear os cães, gente a ver os bikinis, gente a trincar bolas de berlim. 

Ora, como é que se vai controlar os acessos às praias, hãm? Estou mesmo curiosa para saber. 

20.04.20

Estou tão farta deste vírus $&%"# !

Hoje não é um bom dia. 

Estou farta do vírus. Das notícias, da potencial curva a aplanar. Das contagens dos mortos, dos infetados. Das preocupações sobre sintomas (acho que nas últimas semanas já estive para ligar à SNS24 umas 50 vezes porque uma simples dor de cabeça fica-se na dúvida). Das críticas à tele-escola, à celebração do 25 de abril na AR, às creches que irão re-abrir, aos serviços que irão permanecer fechados. Cheia de conversas sobre os chineses e morcegos. Do Trump e do Bolsonaro. Do zé da esquina que nunca está bem e reclama por tudo e por nada. Das máscaras que faltam, e do preço que andam a praticar. 
Estou farta do vírus. Ou será que estou farta desta sociedade que está a perder um bocadinho a paciência a tudo o que isto engloba?

É que o vírus continua o mesmo. As pessoas é que se tem revelado. Algumas umas autênticas bestas! 

16.04.20

Cá fora, no caos (des)controlado da Pandemia

Continuo a trabalhar. Como sempre fiz, em 15 anos, na mesma empresa, com as pessoas de sempre. Fizemos o Plano de contingência e implementámos as medidas preventivas da Covid-19 logo no início de Março. Nunca imaginámos que chegariamos a este ponto. Até eu, era uma das que dizia que era uma gripe. Acreditava piamente que isto ia passar, como passou a H1N1. Mas não. Assumo que estava redondamente enganada e julgo que não fui caso único.

As escolas fecharam. As visitas aos Lares foram proibidas. Aí percebi que afinal a coisa ia mesmo dar-se para mal. Foi aí, no sofá a ouvir o Primeiro-ministro, que entendi a real perigosidade deste coronavírus. Mantive-me calma, até porque não tinha outra opção.

Continuei a vir trabalhar, como sempre, porque é a área alimentar. Cá dentro, o medo dos meus colegas menos informados ganhava proporção mas tentei, sempre!, acalmar o pânico e o medo natural. Tive de gerir dias mais complicados, em que vinham ter comigo com perguntas e receios normais, e eu sempre com resposta (tentava) esclarecedora e correta para com todos. Houve dias em que fechava a porta do meu local de trabalho e respirava fundo. Porque o que lhes dizia não transmitia o medo que eu também sentia. Não encarei isto com leveza, antes pelo contrário, mas aquela frase mais que usada "vai correr tudo bem" ganhava outro sentido e era a ela que recorri em muitas conversas. Julgo que tinha uma obrigação perante eles de os acalmar, informar, colar informação fidedigna na parede da sala de convívio (do site da DGS) atualizada. Mas no fundo tinha os mesmos medos do que eles. Ninguém estava indiferente ao que estava (está) a acontecer. Foi um teste mental a mim mesma. Depois chegou a Pandemia. A necessidade de cortar acessos para o interior da empresa a quem era estranho à nossa normalidade. 
Depois foi o chegar a casa, toda a rotina de desinfeção de maçanetas, interruptores e botões. Descalçar à entrada de casa. Quase ir de cuecas para o duche, com a roupa a ficar na garangem, junto à máquina de lavar. E ter o meu filho à espera, todos os dias, mas com a valentia que lhe ensinei e que aprendemos (que remédio). 
A caminho de casa-trabalho passo por menos carros. As ruas ficaram vazias. As pessoas mais estranhas. A tosse alheia é encarada como um perigo eminente, obviamente. Vemos negligência. Vimos ruas cheias de passeadores. Dissemos palavrões ao ver certas notícias. Fazem bolos e  pão em casa. Esgotaram o fermento de padeiro. Inventam-se hobbies. Oh, nem imaginam a quantidade de vezes que eu invejei quem pode ficar em casa... 
O 3º período começou, online. Em plataformas diversas, a ver se isto segue com a normalidade possível. 

Estou cansada. Mentalmente cansada. Parece um pesadelo. Cuidar nos meus. ♥ Tenho tantas saudades dos meus... Tenho primos enfermeiros, na boca da Covid-19, a quem digo que são os meus heróis! 

Mas a mitigação está cá. Chegou para ficar ao longo das semanas que todos nós o permitirmos. 

Como ontem li, temos de encarar esta fase de mitigação como sendo TODOS portadores do vírus. Todos. Ninguém, neste momento, pode afirmar que não é portador do vírus. Podemos ser assintomáticos, podemos ter apenas os sintomas leves, tão leves que nem o benuron precisamos de tomar.
Lavar as mãos, desinfetar, usar máscara em locais públicos, manter a distância de segurança. Ponto. Até ao fim. 
A ver se o Rodrigo Guedes de Carvalho uma noite destas nos dirá: O País e o Mundo, pode respirar de alívio. 

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