É saber de um caso em que um pai infetado, infetou também os filhos bebés, porque não teve qualquer cuidado no isolamento em casa.
Já todos sabemos que fazer o teste PCR não é pêra doce, e todos estamos sujeitos a isso. Felizmente ainda não tive de fazer nenhum. Agora, por falta de cuidado, sujeitar o agregado familiar ao vírus e sujeitar os bebés aos teste e à contaminação?! A sério?! 

A bebé, que ainda nem 1 ano tem, começou a ficar "murchinha" e foram ao pediatra. Deu positiva. A outra criança, fez o teste ontem e ainda não sabe o resultado. 

Palhaço.

Olá olá. 

Estão todos bem? 

Pois é, estamos num novo confinamento. Eu continuo a trabalhar, in loco, como sempre foi. O meu serviço não me permite o teletrabalho. Embora ache que estamos todos numa fase muito sensível das contaminações, e que não há outra solução do que mais um confinamento, julgo que haveria medidas mais eficazes e que deveriam ter sido tomadas já. E parece-me, leiga, que daqui a 15 dias vai ser ainda mais apertado.

De qualquer forma, resta-nos paciência e fé. Esperar que isto dê nalgum resultado "bom". 

O objetivo principal disto é baixar os números de contaminados, mas principalmente dos internados nas UCI e, infelizmente, resultando em mais mortes. O pior que nos pode acontecer é precisarmos de ir a uma urgência hospitalar e batermos com o nariz na porta... 

Por outro lado, mais negativista, já todos temos conhecimento de alguém que, mesmo Covid-positivo, não ficou em casa, não preveniu contágios no seio familiar, não tomou as medidas do isolamento, como devia ser. Lamentável. E por causa destes individuos, não saíremos tão cedo da cêpa torta. 

Muita saúde a nós, que 2021 seja menos mau do que 2020. ♥ 

Se por um lado a grande parte são assintomáticos ou com sintomas considerados ligeiros, por outro fico sempre a pensar nas pessoas que tiveram de ser internadas e/ou nos cuidados intensivos. ♥

É de lamentar que ainda haja quem facilite. As escolas reabriram, os ginásios, os comércios, já houve público nas bancadas nos jogos de futebol. A vida tem de continuar. Claro que tem. Quem, como eu, andou cá fora este tempo todo - sem layoff, nem tele trabalho - sabe a diferença entre os meses dos diferentes estados em que esta maldita Pandemia nos colocou. Abril, a meu ver, foi o pior mês. As ruas sem pessoas, os comércios fechados, a vida foi suspensa. O meu Abril, o meu mês. 

Apesar de acreditar que já estivemos mais longe do terminar deste pesadelo, ontem numa das reportagens acerca do debate parlamentar, foi discutido que o SNS parou, os centros de saúde estão a meio gás (ou menos), e que as pessoas devem retomar as consultas externas. 

Ora, pergunto eu, se há possibilidade de haver os Hospitais de campanha, se houve possibilidade de os criar/equipar caso fosse preciso transferir doentes Covid-19 caso o SNS não conseguisse dar resposta, porque não transferir as consultas, análises clinicas, exames complementares (...) dos hospitais, etc, para esses espaços?

Há tantos pavilhões multiusos parados (sem eventos, nem desportos), que seriam facilmente convocados os doentes das consultas externas dos hospitais/Centros de saúde. Informaticamente não deve ser um problema. Andam a pensar demasiado na Covid (não descurando a perigosidade da doença para os doentes de risco) do que nas outras doenças, que ficam suspensas e adiadas. 
Claro que não se quer sobrecarregar o SNS mas julgo que é urgente criar uma solução para este problema. É para evitar que haja muitas pessoas nos hospitais? Correto. Entendo. Então pensem lá numa alternativa, antes de chegarmos ao pico das gripes dos meses de inverno. 
A minha consulta de medicina interna seria este mês. Outubro. Foi desmarcada. Soube que foi adiada para Março 2021. Como soube? Porque tive de ir às urgências em Julho e perguntei se já teria nova data, já que na carta nada dizia. 

Mais de 110.00 rastreios do Cancro de mama ficaram por realizar em 2020. Desses 110.000, quantos não seriam essenciais para determinar os malignos? 

Pois. 

No meu vocabulário, emergência é menos grave do que calamidade. Pelos vistos não. 

Estamos agora num Estado de Calamidade. Regras ainda a ser impostas, mas com algumas restrições a serem levantadas, a ver se o País se ergue um bocadinho, economicamente falando. As máscaras passaram mesmo a obrigatórias (finalmente!) mas à quantidade de serviços em que é preciso estar com ela a tapar a boca, mais vale colocá-la ao sair de casa. Há quem esteja com muito atrito perante isto. Lembra-me aqueles miúdos que não querem sopa, fazem birra, mas que remédio têm eles em engolir. 

Lamento que essas pessoas não consigam entender que isto é para o bem de todos. Até aos meus pais, mais ao meu Pai que é quem vai comprar a ração das galinhas ao mercadinho da esquina, estive a explicar como se coloca e como se deve retirar da face. A minha Mãe tem consulta no IPO este mês (consulta de rotina), e também a usará. Isto fará parte das nossas vidas, nos próximos tempos. Depende de cada um de nós se são semanas ou meses...!  

30 de abril.

Último dia do meu mês. Já fiz 40 anos há 25 dias. Parece que foi ontem. Por falar no passado, ontem eliminei várias pessoas do meu facebook. Não estavam lá a fazer nada. Algumas desconfio que só me enviaram o pedido de amizade para saber da minha vida. Se bem que posto lá pouca coisa. Já fui mais aberta. lol Penso que são minhas fãs. Outras passavam por mim na rua e nem boa tarde. Mal educadas! Algumas a vida encarregou-se de as afastar de mim. Por vários motivos. E ainda outras, que não foram eliminadas, dei-lhes mais uma oportunidade. Mas estive vai-não vai para eliminar mais umas pessoas que decidiram que não precisam mais de mim. Aquelas pessoas que tens fotografias, não de há muitos anos, felizes, mas que de repente deixaram de me contactar. E eu, contactei? Também não. Porque fui vendo que não me encaixavam na rotina delas. Recuei. Talvez esteja a ser tonta por mantê-las. Afinal, que oportunidades mais serão precisas para que haja qualquer contacto? Quando até tinham o meu contacto na porta do frigorífico dos pais, em caso de sos com os filhos. Sim, estou moída. Magoada. Ontem foi um recordar de coisas que me fez suspirar de saudade. Bom. Adiante. Vou ver se me apetece mantê-las. É provável que se as eliminar nem deem por isso. Tenho de lidar com isso. Lamento. É a vida. Se calhar é melhor eliminar mesmo. E seguir em frente. Ontem fui também ao Pingo Doce e não sei se foi do tempo húmido a máscara incomodou-me bastante. Além do embaciar dos óculos, a respiração era estranha. Mas pronto. Lá consegui comprar as coisas que precisava para 15 dias e os frescos. 

No próximo sábado termina o Estado de Emergência decretado pelo Presidente da República/Governo. 2ª-feira reabrem serviços específicos. A vida terá de se adaptar e teremos de conviver com o vírus. Aprender a viver com ele.

Raios. Que 2020 pesado! 

Dia 29 de abril.

Caramba, já estamos há tanto tempo nesta Pandemia que parece que já passou 1 ano. Já estamos quase em Maio. Hoje acordei chateada com o mundo. Coisas de mulheres. Hormonas e tal. Sei lá. Ou foi da carga emocional de reuniões complicadas aqui no trabalho. Só sei que a dor de cabeça está instalada. Admiro-me com a quantidade de trabalhos que a professora de Ciências manda fazer à turma do meu filho. Anteontem ajudei-o com um trabalho de Expressões plásticas (relevo de materiais) e adorei. Dizem que pintar é terapeutico. Tenho saudades de tocar piano. A música sempre fez parte da minha vida. Cantar ao piano também. Sim, é isso. Quando receber o reembolso do IRS vou comprar uma prenda a mim mesma: um teclado. O meu velhinho avariou há imensos meses e fui adiando a compra. Vai ser desta. Os 40 anos vão ficar na memória. Um dos meus "doentes" de Covid recuperou. Já teve o seu negativo e já regressou a casa. Estava confinado a um quarto em casa de amigos, para proteger os pais. A sério. É melhor do que o Euromilhões. Ainda tenho máscaras cirurgicas em casa, que comprei no início do mês. Só uso nas compras e quando vou meter gasóleo, porque não saio de casa para mais nada, a não ser para trabalhar (venho no meu carro, como sempre fiz). 

Hoje está vento. Chuva e vento. Preciso comprar uma espreguiçadeira para quando vier o sol.